Mandamentos Positivos 36 a 40

Mandamento Positivo 36  – Os Turnos Sacerdotais

A trigésima-sexta miswa é a de que somos ordenados que os sacerdotes sirvam em turnos, isto é, cada turno servirá pelo período de uma semana. Eles não se juntarão exceto nas solenidades, quando todos os turnos servem juntos e qualquer um vem pode realizar o serviço. É explicado em Divrê haYamim [Crônicas] que Dawid e Shemuel os dividiram e os designaram em 24 turnos. Em Suká, é explicado que durante as solenidades eles são tratados igualmente.

O versículo que se refere a essa miswa é afirmação: “E, quando chegar um levita [de alguma de tuas portas]… conforme o desejo da sua alma… E servir no nome de ADONAY seu Elohim, como também todos os seus irmãos, os levitas, que assistem ali perante ADONAY, igual porção comerão.” [Dt. 18:6-8]

O Sifri diz: “Pela frase ‘conforme o desejo de sua alma’ alguém poderia pensar que isso se refere a qualquer momento. A Torah, portanto, diz: ‘de alguma de tuas portas’, isto é, quando todo o povo de Israel está reunido em uma porta – durante as três festas.

Alguém poderia pensar que todos os turnos dividem igualmente durante a festividade mesmo em ofertas que não são especificamente ofertas festivas. A Torah portanto diz: “fora a das vendas dos seus pais” [Dt. 18:8]

O que os pais vendiam? Eles diziam: ‘Tu [servirás] em teu Shabat e eu no meu Shabat.’” Isso significa que eles concordavam em montar um sistema de turnos com um turno diferente a cada semana. O Targum também explica esse versículo dessa forma: “Exceto pelo turno daquela semana, porque foi assim que os pais o estabeleceram.”

Os detalhes dessa miswa são explicados no final de Suká.

Mandamento Positivo 37 – Luto do Sacerdote

A trigésima-sétima miswa é a de que somos ordenados de que os kohanim se tornem cerimonialmente impuros para aqueles parentes mencionados na Torah. Uma vez que a Torah os honrou ao proibi-los de se fazerem cerimonialmente impuros por somente um cadáver, e os permitiu se fazerem cerimonialmente impuros para parentes, alguém poderia pensar que isso é opcional e depende de seus desejos. Se desejarem, podem se tornar cerimonialmente impuros, se não, não se tornarão cerimonialmente impuros. A Torah portanto decretou explicitamente que isso é um requerimento.

A fonte dessa miswa é a frase do Altíssimo: “por ela também se contaminará.” [Lv. 21:3]

O Sifra diz: “A frase ‘por ela também se contaminará’ é uma miswa positiva. Mesmo se alguém não deseja se tornar cerimonialmente impuro, ele se fará cerimonialmente impuro contra a sua vontade. A esposa de Yossef haKohen faleceu na véspera de Pessah, e ele não desejava ficar cerimonialmente impuro, e os sábios o forçaram a se tornar cerimonialmente impuro contra a sua vontade.”

Esta miswa é na realidade a miswa de prantear, isto é, de que todo israelita deve ficar de luto pelo falecimento de um dos seis para quem é ordenado prantear. A miswa é dita acerca do kohen para enfatizar sua seriedade: Mesmo um sacerdote, que normalmente está proibido de se tornar cerimonialmente impuro, a fim de evitar que as pessoas sejam descuidadas com as leis do luto.

É explicado que o primeiro dia de luto é ordenado pela Torah. Nosso sábios disseram em Moed Qatan: “A miswa de luto não se aplica em Yom Tov. Se uma pessoa já estava de luto, a miswa positiva que se aplica a todos [de se alegrarem] afasta a miswa positiva que só se aplica ao indivíduo.” Isso indica claramente que o luto é uma obrigação da Torah e conta como miswa positiva.

Contudo, isso é apenas para o primeiro dia, quando mesmo o sacerdote se torna cerimonialmente impuro quando falece um parente próximo. Os sete dias de luto são por lei rabínica. Certifique-se de compreender isso.

Os detalhes dessa miswa são explicados no tratado de Mashqin, e em passagens de Berakhot, Ketuvot, Yevamot, e ‘Avodah Zara, e no Sifra, na Parashá “Emor el haKohanim”.

A exigência dos sacerdotes se tornarem cerimonialmente impuros para um parente próximo não se aplicam sobre mulheres descendentes de sacerdotes. Somente aquele que é proibido de se tornar cerimonialmente impuro para quem não é parente é ordenado a se tornar cerimonialmente impuro para parentes.

Uma mulher de descendência de sacerdote, uma vez que não é proibida de se contaminar com morto, conforme lá explicado, também não é ordenada a ou exigida de se tornar cerimonialmente impura. Ela é obrigada a ficar de luto, mas se tornar cerimonialmente impura é opção dela. Certifique-se de compreender isso.

Mandamento Positivo 38 – A Esposa do Sumo Sacerdote

A trigésima-oitava miswa é a de que o sumo sacerdote é ordenado a se casar com uma jovem virgem.

A fonte dessa miswa é a frase: “E ele tomará por esposa uma mulher na sua virgindade.” [Lv. 21:13]

Na explicação disso, nossos sábios disseram: “Rabi Akiva declararia uma criança ilegítima mesmo se uma miswa positiva foi violada.” Eles explicaram essa afirmação de que, por exemplo, “um sumo sacerdote que teve relações com uma não-virgem, que é proibida a ele por virtude de uma miswa positiva.” [Isso é considerado uma miswa positiva ao invés de uma proibição] por causa do nosso princípio: “uma proibição derivada de uma miswa positiva é considerada uma miswa positiva.” Está claro a partir dessa discussão que essa é considerada uma miswa positiva.

Nossos sábios também disseram: “ele [i.e. o sumo sacerdote] é ordenado acerca de uma virgem.”

Os detalhes dessa miswa são explicados no sexto capítulo de Yevamot e em passagens de Ketubot e Qidushin.

Mandamento Positivo 39 – A Oferta Contínua

E a trigésima-nona miswa é a de que somos ordenados a trazer duas ovelhas, chamadas de sacrifício contínuo [temidin], diariamente como ofertas no Templo.

A fonte dessa miswa é a frase do Altíssimo: “dois de um ano, sem defeito, cada dia, em contínuo holocausto.” [Nm. 28:3]

A ordem de sua preparação e sacrifício é explicada no segundo capítulo de Yoma e no tratado de Tamid.

Mandamento Positivo 40 – A Oferta Diária do Sumo Sacerdote

A quadragésima miswa é a de que somos ordenados que o sumo sacerdote traga oferta de cereal continuamente todo dia, de manhã e à tarde. É chamado de Havitin do sumo sacerdote, assim como oferta do sacerdote ungido.

A fonte dessa miswa é a frase do Altíssimo: “Esta é a lei da oferta de cereais: os filhos de Aharon a oferecerão perante o Adonay.” [Lv. 6:14]

Os detalhes dessa miswa, e quando e como ela é trazida é explicado nos capítulos 6 e 9 de MenaHot, e em diversos lugares em Yoma e Tamid.

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